quinta-feira, 13 de maio de 2010

Comporte-se

Como motivar a Geração Y
Irrequietos e apressados: os jovens da geração Y chegam ao mercado de trabalho ansioso por crescimento rápido e oportunidades. Como o profissional de RH pode criar formas de motivar esta geração?

Creio que muitos profissionais de Recursos Humanos e professores universitários enfrentam o mesmo questionamento que me tem atormentado: como lidar com os jovens nascidos após 1980, que nasceram em mundo dominado pela tecnologia, pelos games, celulares, TV a cabo, internet, e cresceram em contato com culturas, hábitos e realidades completamente diversas daquelas que o cercam em sua vida.

Há algum tempo estudo o comportamento desta geração que não tem paciência para coisas longas e demoradas, que busca gratificação instantânea e feedback contínuo e não lida bem com promessas futuras.

A maior parte da literatura que aborda a geração Y é escrita por autores americanos e, portanto relaciona-se com uma realidade diferente daquela que encontramos em nosso cotidiano.

Como pesquisador da relação entre a educação e o mercado de trabalho, busquei identificar se as características apontadas pelos autores americanos podem ser encontradas em nossos jovens, em especial entre os jovens da Classe C, que representam grande parte da força de trabalho que chega ao mercado, por meio de uma pesquisa realizada com mais de 300 alunos de uma universidade particular situada na Zona Leste de São Paulo.

Rebecca Ryan, no livro Millenial Leaders (ed. Morgan-James, 2008) destaca seis pontos fundamentais para os jovens Y manterem-se motivados e se dediquem à uma empresa. Relaciono a seguir estes pontos aos dados coletados na pesquisa realizada.

- Voz: a geração Y quer ser ouvida, quer que sua opinião seja respeitada. A pesquisa aponta que 84,9% dos jovens acreditam que o poder na empresa deve ser coletivo e 84,3% busca um ambiente de trabalho justo, no qual suas idéias e opiniões sejam ouvidas. Porém, apenas 65,3% consideram que a empresa os ouve.

- Participação: Querem fazer parte de algo que tenha significado, algo que tenha impacto sobre a empresa, as pessoas, o ambiente e a sociedade. A pesquisa aponta que 79,7% dos jovens se considera idealista e sonha com um mundo mais justo e 69,5% se consideram engajados em questões sociais.

- Significado: Os jovens Y se importam com mais coisas do que somente o resultado financeiro da companhia. Querem que a empresa seja responsável socialmente e ambientalmente. No grupo pesquisado, 80,6% dos jovens quer fazer parte de uma empresa preocupada com a sociedade e o ambiente.

- Equilíbrio entre vida Pessoal e Profissional: Se dedicam a empresa, mas querem manter a qualidade de vida. Mais uma vez a pesquisa confirma as afirmações da autora: 82,5% dos respondentes apontam que manter um equilíbrio entre meu trabalho e minha vida pessoal é muito importante. Contudo, 55,6% apontam que se sente estressado no trabalho.

- Desenvolvimento pessoal: Estão abertos a aprender as ferramentas, tecnologias e competências necessárias para executar seu trabalho atual e para crescer pessoal e profissional: 86,8% acreditam no futuro profissional e no seu papel na construção da carreira; 82,8% acha que lida bem com as mudanças; 86,8% deseja aprender continuamente. Porém, apenas 24,5% acreditam que recebe da empresa a quantidade de treinamento necessária para o seu crescimento profissional

- Reconhecimento: gerentes não podem se esquecer que liderar envolve a constante motivação das suas equipes. Neste ponto, a situação se complica: apesar de 78,5% dos respondentes consideram que ser reconhecido pelos seus méritos é fundamental para a motivação, e 67,7% acredita que as recompensas financeiras e promoções devem estar relacionadas à competência e não ao tempo de casa, apenas 26,7% sentem que seu trabalho é devidamente reconhecido pelos seus superiores imediatos.

O que concluo a partir da pesquisa é que nossos jovens, mesmo aqueles provenientes da Classe C apresentam várias das características identificadas nos jovens americanos e apontadas pelos autores que escrevem sobre o tema.

Mas o que chama atenção é a distância entre as expectativas destes jovens e a realidade que eles encontram no mercado de trabalho.

Alegre e descontraído, os jovens da Geração Y não se importam com hierarquia.

Gostam de trabalhar com pessoas com as quais se identificam, acreditam no trabalho em equipe e no poder compartilhado e coletivo. Não é que sejam insubordinados: a verdade é que não se adaptam a regras rígidas.

E o que acontece quando este jovem chega a um ambiente de trabalho marcado pela hierarquia, formalidade, por normas e regras rígidas que orientam a roupa que deve ser usada, o linguajar adequado, que determina ate mesmo com quem e quando se pode falar. No qual a gratificação e a recompensa, quando ocorre, só são distribuídas no final do ano. No qual a promoção e o reconhecimento dependem do tempo de casa? Em um lugar onde o acesso a internet e as redes sociais são bloqueadas, pois "atrapalham" o desenvolvimento do trabalho. No qual a criatividade e a dedicação têm hora e local para acontecer: o trabalho deve ser desenvolvido no horário comercial, dentro do escritório?

O que não podemos deixar de entender é que as mudanças trazidas pela chegada da Geração Y ao mercado de trabalho não são passageiras. A medida que mais e mais jovens iniciem sua carreira, e assumam cargos de liderança, as empresas precisarão se adaptar a esta geração vibrante, conectada e inquieta.

07 de maio de 2010, às 01h48min
Por: Fabiano Caxito
Mestre em Administração Estratégica

Publicado no site:
http://www.administradores.com.br/

Análise do artigo

O artigo acima foi publicado no site “Administradores.com” no dia 07 de maio de 2010 e tem como autor o professor Fabiano Caxito, ele fala sobre o que pode influenciar a motivação dos trabalhadores da Geração Y nascidos a partir de 1980, embasado por uma pesquisa realizada com 300 alunos de uma Universidade de São Paulo, a partir dessa pesquisa ele confirmou que os seis pontos mais importantes para se motivar a Geração Y citados também por Rebecca Ryan, no livro Millenial Leaders (ed. Morgan-James, 2008) são:

Voz: Desejo de que a empresa leve em conta sua opinião
Participação: Querem fazer parte de algo que traga algum impacto para a empresa
Vida equilibrada: Querem tem uma boa qualidade vida, equilibrando vida pessoal e profissional.
Desenvolvimento pessoal: Desejam estar evoluindo constantemente.
Reconhecimento: Tem necessidade de ver seu esforço constantemente reconhecido.
A partir desses pontos pode-se avaliar que influenciar a motivação da Geração Y composta por pessoas jovens é um processo difícil, pois existem muitas possibilidades e deve-se equilibrar os fatores da pesquisa para se obter um profissional motivado para o trabalho, alcançar o nível maximo em todos os pontos se torna quase impossível, porém a organização que conseguir alcançá-lo muito provavelmente ira obter sucesso em suas atividades, ou seja profissionais motivados, diminuem os níveis de absenteísmo e de rotatividade e aumentando o comprometimento dos mesmos com os objetivos da empresa.

O artigo demonstra o tema do Capitulo 6 do livro, que trata essencialmente sobre motivação e foi apresentado na ultima aula pelo grupo 6 e também demonstra a Geração Y que esta presente no Capitulo 4 do livro que foi apresentado pelo professor e fez parte do conteúdo da prova do 1º bimestre.

Luiz Fernando dos Santos
Aluno 1° Período ADM

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