quinta-feira, 15 de abril de 2010

Diário


Na aula do dia 31 de março, o professor deu inicio à aula comentando sobre os tipos de gestão nas empresas. Ensinou também sobre a expressão workaholic, que seria uma pessoa viciada em trabalho que não consegue se desligar do que faz mesmo fora dele. Em muitas empresas existem este tipo de pessoas e todos podem vir a ter um chefe com estas características.
Além disto, ressaltou a importância de um bom planejamento no ambiente profissional. Existem chefes que não fazem o planejamento e não tem uma boa definição da tarefa a ser realizada. Isto acaba prejudicando a saúde física, mental e emocional dos trabalhadores. Em várias empresas uma pessoa é encarregadas de múltiplas tarefas que deveriam ser feitas por várias pessoas. Sublinarmente houve uma diferenciação sobre chefe e gestor. Chefe seria alguém que manda, gera medo e foca-se nas tarefas. Gestor é aquela pessoa que desenvolve, gera confiança e foca-se nas pessoas.
Na seqüência houve uma discussão sobre a importância e conseqüências dos relacionamentos. Existem relações que não são evidentes, que existem antes mesmo dos fatos acontecerem, mas nem por isto são menos importantes. Relações negativas têm como conseqüência o preconceito. Um exemplo é a discriminação da mulher no mercado de trabalho. Este preconceito não é só no ambiente profissional de hoje, mas sim uma discriminação histórica de gênero.
Por vezes o chefe vê a mulher como um sexo frágil. Pode ser que ele venha de uma família que tenha relação maternal, onde a mãe era a empregada doméstica da casa. O pai tratava a mãe como um ser frágil, e o chefe teve este referencial. Por este motivo, segundo Marciano, não se pode colocar o chefe numa jaula e dizer que ele é o culpado, pois se deve levar em consideração as esferas de natureza política, ideológica, social e teológica.
Ainda disse que a evolução do homem é verídica no decorrer dos tempos, porém hoje, a área que mais cresce em consultoria é a área de desenvolvimento gerencial, demonstrando que a evolução intelectual não é tão constante como se pensa.
Citou que nem todas as pessoas têm vontade de aprender, e ter novas experiências, pois tem preconceitos. Um exemplo disto é o pré-conceito contra o jovem. Muitas pessoas dizem que o jovem tem poucas experiências e tem muito a aprender, porém não dão o espaço adequado para este jovem tenha uma visão ampla. Algumas pessoas pensam que os mais velhos são melhores e mais maduros, porém não é sempre assim. Na realidade todos acham que sua bagagem cultural é mais pesada e sua experiência é maior do que a de outras pessoas.
Com isto justificam-se os escândalos e processos que as empresas respondem, onde quem esta no comando são pessoas mais velhas, “experientes” e teoricamente deveriam ter uma visão humana mais aguçada. Um exemplo citado, foi de uma aluna que fez um relatório e o chefe dela disse que o relatório estava péssimo. Constrangida ela chorou e o chefe disse a ela que para aprender a bater tem de aprender a apanhar primeiramente. Completando este pensamento citou uma frase célebre: “Bem vindo ao mundo do trabalho”.
Destacando novamente a importância das relações o professor falou que o mundo é feito dos relacionamentos. Não podemos cortar relações, com ou sem motivos. Por mais que não gostemos de certas pessoas hoje, um dia poderemos nos encontrar e precisar delas. Ainda mais que o ser humano cria mágoas e isto acaba criando inimigos gratuitamente. A confiança é à base do relacionamento de qualquer natureza. Devemos ter uma comunicação clara e saber qual é a melhor forma abordar uma pessoa, pois não podemos perder relacionamentos.
Hoje em dia o mundo mudou e se você esperar demais o mundo literalmente “deleta” você ou passa o rolo compressor em cima. Por isto, temos de ser políticos, e não podemos ir pro mundo dos negócios ingênuos. “O mundo não é cor-de-rosa”. Afirmou ainda que devemos ter confiança, pois se não acreditarmos nas pessoas como viveremos no mundo de hoje? E, uma vez que você desconfie de uma pessoa, nunca mais você retoma este relacionamento como era antes.
Entretanto, ninguém gosta de ouvir que errou, ou de saber a verdade quando está errado. Como exemplo citou suas brigas com os pais quando era criança, onde rasgou a certidão de nascimento e passou corretivo no nome dos pais, pois não gostou de ser criticado.
Todo ser humano é 50% bondade e 50% maldade. Desde pequenos somos educados a ser relacionáveis mesmo que detestemos um ao outro. Não somos obrigados a gostar de ninguém, porém o respeito é característica fundamental para o bom convívio em sociedade.
A maioria dos estudantes tende a querer trabalhar numa grande empresa, porém o numero de empresas grandes e multinacionais no país são pequenos. Quase que a totalidade dos estudantes vão se empregar em pequenas e médias empresas, ou na sua própria empresa.
 Marciano citou o exemplo de um executivo que se arrependeu de escolher trabalhar uma grande empresa, pois não conseguiu por em prática todos os conceitos de administração, somente aquele relacionado à sua área.
Questionando ainda a alienação a uma só tarefa dentro da empresa, incentivou a pratica do “job rotation”, que é a rotação nos vários campos da empresa, de uma forma bem planejada e estruturada. Passar pelos diferentes setores da empresa de uma forma programada adquire-se conhecimento amplo do processo e a possibilidade de por em pratica aquilo que se aprende na teoria.
Ainda aprendemos que mudança e inovação são fundamentais no ambiente de trabalho, porém não são sempre bem recebidas pelas empresas. Existem dois tipos de inovação. A inovação radical e a inovação incremental. A inovação radical é quando a empresa rompe e quebra qualquer paradigma pré-concebido, passando a atuar de uma nova forma e com um novo corpo de profissionais no mercado. Isto acontece geralmente quando vende-se uma empresa. Também existe a inovação incremental, que a mudança vai gradual e constante. Exemplo, a Varig que foi aos poucos se tornando Gol e hoje somente existe a marca Gol. A inovação radical tende a ser menos aceita pelo fato de que todos são saudosistas em relação ao passado. Já a inovação incremental tende a ser mais bem vista pelo público, pois o processo é um pouco mais lento.
Já no fim da aula, Marciano alegou que experiência e bagagem cultural são importantes e fazem a diferença no mercado. Simulando um processo seletivo, perguntou: Quais são suas experiências e características que nenhum dos seus concorrentes tem? Completou que devemos ter diversidade de experiências para nos destacar dentre todos. Citou o exemplo de um processo seletivo, que um dos candidatos, fazia pirofagia e foi contratado para ser psicólogo, pois existia um diferencial que o destacava dos demais. Os analistas entenderam que por ele praticar pirofagia, poderia ter uma tendência maior a correr riscos e estar mais disponível a se aventurar dentro da empresa, uma das muitas características que o cargo exigia.
Outras experiências que podem ser levadas em conta num processo de seleção é ir à Nova York com 100 reais aprendendo outra cultura, fazer malabarismos, e fazer um curso de bar tender. São experiências simples mais que agregam novas idéias nos distingui dos demais e leva-se para toda a vida.

Cristiano Gabriel dos Santos
    1° período ADM

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